domingo, 12 de maio de 2013

TOP Dicas para se preparar para o ENEM

Oi, galera! 

Ótimas notícias: conseguir passar em mais quatro universidades federais em Medicina, agora são 8 (UNIR, UFS, Unifap, UFCG, UFAL, UFPB, UFF e UFRJ)! Uhuul! Bom,  como passei pelo Enem 2011 e 2012, várias pessoas perguntaram-me sobre a minha preparação para o maior exame do Brasil. Esse é o tema do post de hoje.



Essas são as minhas melhores dicas:

1. Faça todas as provas do ENEM, do antigo e, principalmente, do novo. Essa é a mais clichê das dicas, contudo é uma das mais importantes. Muitos vestibulandos ignoram esse elemento imprescindível para quem quer alcançar as notas mais altas. Ao fazer as provas, você perceberá exatamente o que é cobrado do candidato, e como o conteúdo é abordado. Há milhares de sites onde você pode baixar as provas, eis aqui o do Brasil Escola.

2. Faça todos os simulados possíveis, presencias ou online. Assim como o item anterior, fazer mais provas e simulados permite a você treinar o seu tempo. Como a maioria do candidatos dizem ao final dos dois dias de maratona do ENEM: "Eu sabia fazer as questões, o que faltou foi tempo!"
Aí tem aquele pessoal que chora, que se desespera e blá-blá-blá. Para melhorar o tempo, faça as provas sempre que puder com cronômetro. É óbvio! Diga a todos em casa que você vai fazer um simulado, vá para um lugar reservado, de preferência com as provas impressas. Quanto mais real for a situação simulada, melhor os resultados. Empresas como a Geekie-Estadão oferecem simulados nacionais e gratuitos.

3. Use a internet para procurar materiais de estudo online. Algumas apostilas e livros, me ajudaram em especial no último ano. Foram fascículos do Sistema de Ensino Farias Brito e  os livros da Coleção "Passe fácil no ENEM" de Raphael Gouvea, disponibilizados gratuitamente pelo "Projeto Medicina", um portal extraordinário, criado por Júlio Sousa, que tem integrado milhares de vestibulando de Medicina e outros cursos também. O link é este. Nesses materiais, você encontra um conteúdo de altíssima qualidade para o ENEM, e também um modo de resolução de questões, que eu comprovei, assim como vários colegas, para otimizar seu tempo de prova RADICALMENTE.

4. Procure sempre usar bons livros. Estudei parte do meu ensino médio em escolas públicas, por isso sempre preferi usar livros à apostilas. Eu indico os seguintes:

Biologia: Amábis e Martho, livros separados, 1,2 e 3.
Química: Ricardo Feltre, livros separados, 1,2 e 3.
Física: Tópicos de Física, livros separados, 1,2 e 3.
História do Brasil: Cláudio Vicentino, este.
História Geral: Cláudio Vicentino, este.
Geografia Geral e do Brasil: Eustáquio de Sene; Lygia Terra "Conexões".
Matemática: Gelson Iezzi, volume único.
Sociologia: Pérsio Oliveira "Introdução à Sociologia".
Filosofia: Maria Lúcia de Arruda aranha, "Filosofando".
Português: José de Nicola, livros separados, 1,2 e 3.

5. Preste atenção nas provas que valem mais. Ao contrário do que muitos pensam, as provas do ENEM tem, sim, valores diferentes. Português não vale a mesma pontuação que Matemática, é fato. Isso ocorre, devido ao desvio padrão e o método do TRI (Teoria de Resposta ao Item). As provas que valem mais são, em ordem decrescente: Redação (a única em que se atinge nota máxima), Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Linguagens. Portanto, se na hora da prova você estiver com pouco tempo, deixe de ler aquele texto enorme de português e responda aquelas questões de Matemática, que em geral são mais simples, e a maioria deixa em branco. Isso faz total diferença. É por isso que tem gente que faz 150 questões, quase fechou Humanas e Linguagens, com uma nota mediana, e gente que faz 140 questões, quase fechou Matemática e Natureza, com uma nota significativamente superior. Isso aconteceu comigo. Nos últimos dois anos eu fiz 150 questões: no primeiro, atingi 43 questões em Humanas, e só 32 em Matemática; no segundo, atingi 37 em matemática, e 35 em humanas (aumentei nas outras duas). Isso permitiu um crescimento notável na nota, mesmo sem considerar o meu aumento de 100 pontos na redação. Antes que perguntem, minhas notas foram 748,9 e 781,92.

6. Faça uma redação por semana e leve para um bom professor corrigir. Bom, uma redação (ou mais) por semana é o ideal, porque quanto mais você se aperfeiçoa na dificílima tarefa de dissertar em pouco tempo, melhor. Escreva com cronômetro do lado, tentando atingir no máximo uma hora. O tempo é precioso para você não deixar de responder uma questão. Esse é o pulo do gato para quem quer passa e não "bater na trave". Procure escrever num modelo idêntico ao usado nas provas, mesma quantidade de linhas e tamanho. Imprima mesmo. Planeje sua redação antes de começar a escrever, essa parte da redação é importantíssima para escrever mais rápido. Faça Rascunho sempre, releia antes de passar a limpo para minimizar os erros. Procure um professor que corrija sua redação e discuta sempre o erros com você. Tenha sempre uma postura, perguntando sempre o que você pode fazer para chegar à nota 10, ou 1000 (rs), como você poderia melhorar. Eles vão te ajudar nesse crescimento. Mostre sua redação também a seus colegas, nada de ter vergonha. Um novo leitor sempre pode trazer um ponto de vista interessante. É bom também, procurar exemplos de boas redações, como as disponibilizadas pela FUVEST todos os anos na internet.                

7. Mantenha-se atualizado. Procure boas revistas, jornais etc. As apostilas especializadas em vestibular do segmento "Guia do Estudante", editora Abril, são muito boas. No Facebook, você pode curtir as páginas de notícias e receber as atualizações diárias; fiz isso, e quando passam os telejornais, as notícias raramente são novas para mim.

8. Leia os clássicos da nossa literatura. Não é perda de tempo, mesmo. Acredite. Você ganha vocabulário, referência para falar de algum assunto e para fazer citações na redação, além de resolver com bastante facilidade alguma questão que se refira a um livro que você já leu. Há muitos filmes que podem enriquecer sua bagagem intelectual. Procure todas as formas de crescimento.

9. Foque na prova mais importante para você. Hoje em dia, um vestibulando pode fazer vários vestibulares sem ir muito longe. Mas se a universidade em que você mais deseja estudar usa mais o ENEM, por exemplo, não adianta gastar muito estudando assuntos como Geometria Analítica, que não são contemplados na prova. Atenha-se ao principal. Inclusive, Raphael Gouvea também escreveu um livro em que analisa as incidências do ENEM, tudo lá no Projeto Medicina. Foco!


10. Preste atenção nos prazos de inscrição, organize-se para não perder os pagamentos, não chegar atrasado e etc. É o mínimo. E não leve uma feira no dia da prova rsrsrs, leve um lanche cheio de carboidrato e água.

11. Tenha uma rotina de estudos. Estude sempre no mesmo horário, acostume seu corpo ao estudo intenso, de preferência manhã e tarde, evitando as madrugadas, que devem ser de 8 horas de sono. Pratique exercícios físicos algumas vezes na semana, namore, divirta-se também. Ninguém consegue estudar pesado vários meses (sem pirar) se não tiver uma válvula de escape. Alimente-se bem, evite coisas como energéticos e remédios para se manter acordado. Somos humanos!



Termino esse post com um ensinamento de um professora maravilhosa que eu tive:
"O que leva você de onde está para onde quer ir é uma mudança de comportamento."

Bom trabalho e boa sorte.
Por hoje é só.


Iuri Adônis

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Back, not to black


E aí, galera!


Bom, o que dizer depois de tantos meses ausente? Vamos lá:

O motivo pelo qual desativei o blog, foram as intempéries da vida de vestibulando de Medicina, (mudei de escola quatro vezes só no ensino médio!). Entretanto, depois de quatro anos de ensino médio + um ano de cursinho, obtive sucesso! Fui aprovado em duas federais, por enquanto, e sou atualmente calouro da UFAL! UHUUL! Enfim, criei coragem e aqui estou. "I'm back to white!" Mãos à obra!

Quero contar como decidi pela carreira médica, eis o meu relato:


Quando eu era pequeno, lá para os meus 5, queria ser policial, porque o policial usa armas de fogo e prende os bandidos (veja que fascínio!). Acabada a infância, eu queria ser Juiz, acreditando no meu senso de justiça e querendo o poder que a profissão proporciona sobre os demais indivíduos. Mas convenhamos: no ensino fundamental não temos uma noção muito boa sobre as profissões. No ensino médio, comecei a observar a enorme burocracia que cerca o Direito, as disciplinas do curso, e cada vez mais minha afinidade diminuía.


- Pausa: no meu caso, e no de muitos jovens, as matérias com as quais temos afinidade no colégio ajudam a escolher em que área trabalhar, ou pelo menos eliminar aquelas que não queremos de jeito nenhum. Eu eliminei Exatas logo de cara, nunca gostei de matemática e física. Restaram Humanas e Sáude.

Com o passar dos anos, fui me identificando com Biologia e Química, gostando daquelas ciências. Sempre gostei de História e Geografia, tive professores maravilhosos, de modo que tive facilidade com essas disciplinas. Conheci muitos alunos que queriam Medicina, e me identifiquei com eles.  Meu irmão nessa época já tinha começado a faculdade, então tive a oportunidade de conhecer de perto a rotina de um estudante de medicina, abrir os livros, ver se gostava do via. Fiz isso com livros de Direito também, meu pai é advogado. Contudo, o ambiente hospitalar sempre me fascinou. Você já viu alguém com dor ir ao médico e ficar sorrindo o tempo todo? Pois eu pareço um doido kkk. Um ser humano estar habilitado para interferir no processo de vida-morte de outro, é incrível! Cada vez mais eu estava certo de que a Medicina seria boa pra mim. Seria o melhor.

Quando estava perto da inscrição do meu primeiro vestibular pra valer (sem ser treineiro), eu ainda tinha dúvidas sobre como escolher entre Direito e Medicina. Eu pedi então a Deus, o Deus no qual sempre acreditei e a quem eu agradeço por tudo bom que tenho e dou graças, um sinal. Eu estava perdido. Por mais que eu conhecesse (por fora) as duas profissões, as duas pareciam muito promissoras para mim. Eu já havia feito várias pesquisas sobre como escolher, mercado de trabalho e blá-blá. Então eu orei com toda minha fé, para que a resposta à minha grande pergunta surgisse, sem deixar dúvidas.



O sinal: no mesmo dia, minha família resolveu alugar um filme. Foram a duas, três locadoras e estavam fechadas. Resolvemos então ver um dos filmes que estavam guardados há tempos numa velha caixa. Eu havia escolhido uns com títulos interessantes. Mas minha irmã insistiu e convenceu a todos a assistir a ''Quase Deuses". Eu fui navegar na internet, não queria ver aquele filme. Daí a conexão falhou. Relutante, eu me juntei a eles. O filme conta a história de um estudante de medicina negro, que contra todos as expectativas, se torna um brilhante cirurgião. Um filme maravilhoso! Entre tantos filmes, aquele foi escolhido: a mensagem não podia ter sido mais direta e clara, a não ser que eu tivesse infartado e sido levado a um hospital kkk. Eu senti que aquele era o sinal que eu tanto pedi, e não uma mera coincidência. Uma emoção profunda me preencheu, do tipo de emoção que só sente quem tem fé. Chorei, emocionado, e aliviado por ter encontrado a resposta do meu dilema. A medicina é a escolha certa para mim.

Por esse e outros muitos motivos, que não convém escrever aqui, agora, eu decidi estudar a ciência da cura, a Medicina. Eu escolhi o branco. "I'm back to white".






Por hoje é só, até mais.


Iuri Adônis