sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Back, not to black


E aí, galera!


Bom, o que dizer depois de tantos meses ausente? Vamos lá:

O motivo pelo qual desativei o blog, foram as intempéries da vida de vestibulando de Medicina, (mudei de escola quatro vezes só no ensino médio!). Entretanto, depois de quatro anos de ensino médio + um ano de cursinho, obtive sucesso! Fui aprovado em duas federais, por enquanto, e sou atualmente calouro da UFAL! UHUUL! Enfim, criei coragem e aqui estou. "I'm back to white!" Mãos à obra!

Quero contar como decidi pela carreira médica, eis o meu relato:


Quando eu era pequeno, lá para os meus 5, queria ser policial, porque o policial usa armas de fogo e prende os bandidos (veja que fascínio!). Acabada a infância, eu queria ser Juiz, acreditando no meu senso de justiça e querendo o poder que a profissão proporciona sobre os demais indivíduos. Mas convenhamos: no ensino fundamental não temos uma noção muito boa sobre as profissões. No ensino médio, comecei a observar a enorme burocracia que cerca o Direito, as disciplinas do curso, e cada vez mais minha afinidade diminuía.


- Pausa: no meu caso, e no de muitos jovens, as matérias com as quais temos afinidade no colégio ajudam a escolher em que área trabalhar, ou pelo menos eliminar aquelas que não queremos de jeito nenhum. Eu eliminei Exatas logo de cara, nunca gostei de matemática e física. Restaram Humanas e Sáude.

Com o passar dos anos, fui me identificando com Biologia e Química, gostando daquelas ciências. Sempre gostei de História e Geografia, tive professores maravilhosos, de modo que tive facilidade com essas disciplinas. Conheci muitos alunos que queriam Medicina, e me identifiquei com eles.  Meu irmão nessa época já tinha começado a faculdade, então tive a oportunidade de conhecer de perto a rotina de um estudante de medicina, abrir os livros, ver se gostava do via. Fiz isso com livros de Direito também, meu pai é advogado. Contudo, o ambiente hospitalar sempre me fascinou. Você já viu alguém com dor ir ao médico e ficar sorrindo o tempo todo? Pois eu pareço um doido kkk. Um ser humano estar habilitado para interferir no processo de vida-morte de outro, é incrível! Cada vez mais eu estava certo de que a Medicina seria boa pra mim. Seria o melhor.

Quando estava perto da inscrição do meu primeiro vestibular pra valer (sem ser treineiro), eu ainda tinha dúvidas sobre como escolher entre Direito e Medicina. Eu pedi então a Deus, o Deus no qual sempre acreditei e a quem eu agradeço por tudo bom que tenho e dou graças, um sinal. Eu estava perdido. Por mais que eu conhecesse (por fora) as duas profissões, as duas pareciam muito promissoras para mim. Eu já havia feito várias pesquisas sobre como escolher, mercado de trabalho e blá-blá. Então eu orei com toda minha fé, para que a resposta à minha grande pergunta surgisse, sem deixar dúvidas.



O sinal: no mesmo dia, minha família resolveu alugar um filme. Foram a duas, três locadoras e estavam fechadas. Resolvemos então ver um dos filmes que estavam guardados há tempos numa velha caixa. Eu havia escolhido uns com títulos interessantes. Mas minha irmã insistiu e convenceu a todos a assistir a ''Quase Deuses". Eu fui navegar na internet, não queria ver aquele filme. Daí a conexão falhou. Relutante, eu me juntei a eles. O filme conta a história de um estudante de medicina negro, que contra todos as expectativas, se torna um brilhante cirurgião. Um filme maravilhoso! Entre tantos filmes, aquele foi escolhido: a mensagem não podia ter sido mais direta e clara, a não ser que eu tivesse infartado e sido levado a um hospital kkk. Eu senti que aquele era o sinal que eu tanto pedi, e não uma mera coincidência. Uma emoção profunda me preencheu, do tipo de emoção que só sente quem tem fé. Chorei, emocionado, e aliviado por ter encontrado a resposta do meu dilema. A medicina é a escolha certa para mim.

Por esse e outros muitos motivos, que não convém escrever aqui, agora, eu decidi estudar a ciência da cura, a Medicina. Eu escolhi o branco. "I'm back to white".






Por hoje é só, até mais.


Iuri Adônis