quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Feliz 2011?

O ano novo chegou, mas começou bem parecido com o que passou. Tragédias causadas por chuvas, deslizamentos e perdas incalculáveis. E ainda há aqueles que dizem:  "Pobre nunca tem nada, quando tem enchente diz que perdeu tudo". Infâmia!


Chuvisco

Enquanto eu jantava começou a chover.
Já de barriga cheia e na cama o barulho me acordou,
Fui ver o que era: estávamos no meio.
No meio da água, da rua que virou rio
A correnteza tudo arrastava
É como se a profecia Maia se cumprisse. Mas o mundo não ia acabar só em 2012?
Talvez acabe agora.

O desespero veio como uma descarga elétrica
Como sair daqui? Como?!
Não dá. Tarde demais, já se passaram 5 minutos de chuva

E ela leva meu futuro, meus sonhos, meus amores, minha vida
E deixa destruição, e o meu então
Adeus.










Por hoje é só. Até mais.


Iuri Adônis

12 comentários:

Barbara Nonato disse...

Parece que a cada início de ano, após o espetáculo dos fogos de artíficios, temos essas tragédias. Triste realidade...

Sandro Batista disse...

Belo texto, que ilustra uma triste realidade que assola várias partes do Brasil todo verão! Chuvas, enxentes, mortes... Lamentável!

http://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/

Loverocklive disse...

Quando será que o povão vai parar de jogar lixo nos rios ?


www.loverocklive.com

Allan Lemos disse...

Um excelente texto crítico, precisamos rever nosso conceito de mundo pq os que temos são velhos e ultrapassados.

Iuri Adônis disse...

Loverocklive, nesse caso a culpa não é do povão e muito menos do lixo.

M. Araújo disse...

Esse é o retrato de gestões públicas FALIDAS e INOPERANTES, acrescida com o dedo da natureza reclamando seu espaço.Episódio repetido, episódio LAMENTÁVEL.

@naochupamanga disse...

Infelizmente suas palavras são a realidade de inúmeras pessoas hoje! Lamentável.

Anônimo disse...

que sensibilidade iuri, muito bom!


andreia

Vanessa Waismann disse...

É realmente muito triste tudo isso que vem acontecendo... E o pior de tudo é que parece que o número de vítimas da chuva não para de crescer.

Pamela Kenne disse...

Gostei muito do poema. Nessas palavras pude sentir o desespero desse homem que tragicamente perdeu tudo. E provavelmente o que tu descreveste é exatamente o que muitos sentiram, não é mesmo?

Obrigada por recomendar meu blog, estou recomendando o teu, também.

Iuri Adônis disse...

Ah, obrigado!

Elimacuxi disse...

Iurecito
Quanta dor, querido.
A vida, tão dolorida, não?
E ainda assim tão mágica, tão cheia de cor e pureza. Na tragédia nascem a solidariedade, a esperança, a superação.
Eu - e quem não?- prefiro viver sem tragédia, mas não dá pra viver sem seus frutos. É o paradoxo de viver.
Espero logo um post sobre a nossa ciranda política...
beijo!

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